terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Migratórios x Territorialistas - a agressividade

Pense em animais migratórios: pinguins, aves, elefantes, gnus, alces, baleias, etc. Você diria que estas espécies são agressivas? Eu acho que não.
Agora pense nos animais agressivos: grandes felinos, ursos, lobos, etc. Estas espécies não são conhecidas por migrarem. São, na verdade, animais territorialistas, que defendem seu espaço.
Será que há relação entre o nível de agressividade e o instinto migratório ou territorialista?
Penso que quanto mais migratória é uma espécie menos agressiva ela será. Espécies migratórias não têm o instinto de defender seu território, pois a cada período eles "juntam suas tralhas" e se mandam para outro lugar.
Já os animais territorialistas não, fazem daquele espaço a sua casa e de sua família. dali não saem a não ser que sejam forçados por outro de sua espécie, mais forte e poderoso. Com este instinto defensivo se tornam mais agressivos, pois o inimigo o espreita a qualquer momento para tomar o seu lugar.
Talvez no mundo das espécies migratórias não haja tanta concorrência, não se desenvolvendo, assim, a agressividade entre elas.

A inquietação humana

De onde vem a inquietação humana? Porque nunca estamos satisfeitos? Porque sempre queremos mais?
Nossos antepassados portuguese, afortunados, se lançavam ao mar, em busca de novas terras, de mais riquezas, mais até do que podiam acumular e usufruiur. Até hoje é assim: quantas pessoas você conhece, que têm tudo na vida, mais não estão felizes. Querem algo mais, às vezes sem nem mesmo saber o quê!
Uns dizem que essa inquietação vem do instituo migratório de alguns animais. As aves, as baleias, os pinguins, os elefantes, por exemplo, vivem migrando o tempo inteiro. Mas no caso destes animais a migração resulta do instinto de sobrevivência, seja para fugir do inverno rigoroso, seja para fugir da seca mortal, seja para encontrar abrigo para dar à luz de forma segura.
Mas nós viemos do macaco e o macaco não é um ser migratório. Assim, penso que a causa de nossa insatisfação é um sentimento que poucos animais têm e aqueles que têm não o possuem na mesma intensidade que nós. Falo da curiosidade, da vontade de saber mais, de aprender, de acumular conhecimento.
Outro sentimento que colabora neste ponto é a vaidade, a vontade de ter, ser, mostrar e ser visto. Este sentimento também é raro nos animais.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Somos um animal racional?

Será que somos mesmo um animal racional?
Bruce Chatwin, em O Rastro dos Sonhos, diz que o homem é um dos únicos seres que é capaz de lutar até a morte. A maioria dos outros animais, numa luta por territótio, por commida ou por acasalamento, reconhece a superioridade do seu rival e desiste. E nunca mais tenta investir sobre aquele vencedor novamente. Sem rancores, sem ressentimentos, sem sede de vingança, apenas a racionalidade de reconhecer que o outro é superior. Aliás a vingança é um sentimento exclusivo do homem.
O que faz com que o homem encare uma luta até a morte? Inveja? Vingança? Orgulho? Insanidade? Irracionalidade?
Além de um pouco de cada, acho que também é o fato de termos fabricado armas que podem derrotar outros fisicamente superiores. Um fracote com uma faca pode ser mais perigoso que um foprtão. Davi derrotou Golias com uma pedra e um pedaço de pano.

O bicho homem

Lendo O Rastro dos Sonhos, de Bruce Chatwin, sobre os aborígenes australianos, comecei a filosofar sobre a carga genética que os nossos ancestrais deixaram para nós, desde o macaco até o homo erectus.
A sensação de "sair do corpo" ao dormir, nada mais é do que um hormônio que nossos ancestrais símios psoduziam quando dormiam em cima das árvores. Para não despencar no chão, produzia um hormônio que deixava o corpo paralisado. As vezes acordamos, mas ainda estamos sob o efeito deste hormônio paralisante, e não conseguimos mexer nem um dedo, apesar de conscientemente acordado. Daí a sensação desesperadora de sair do corpo.
O medo que os bebês e as criaças têm de monstros e máscaras, na verdade, vem de quando o homo erectus habitava as selvas e convivia com toda sorte de predadores. Daí os pequeninos verem nos monstros ameaças tão reais como um leão ou um tigre. E os bebês que silenciam totalmente quando são deixados na maternidade, nada mais é do que a reação que os pequeninos ancestrais tinham quando eram deixados a sós nas cavernas; o silêncio era o último recurso que tinham para não serem descobertos pelas feras.
Quando um bebê chora sem motivo, carregue-o no colo e ande que ele para de chorar. Sabe porque? Porque nossos ancestrais eram andarilhos imigrantes, e o movimento do caminhar acalma os bebês, porque ativa uma sensação atávica neles.